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Reunidas em rede, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e as demais instituições de ensino superior públicas sediadas no estado firmaram, na tarde de quinta-feira (31), na reitoria da UFPB, um acordo de cooperação acadêmica com o governo do Timor-Leste, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Capital Humano (FDCH). A parceria foi formalizada por meio da assinatura de uma carta de intenção, que prevê a mobilidade de estudantes e docentes do Timor, em cursos de graduação, de pós-graduação, e de ensino de português como língua estrangeira.
A solenidade contou com a presença de uma comitiva oficial da República Democrática do Timor-Leste, que foi recebida pela vice-reitora da UFPB, professora Mônica Nóbrega, que conduziu a cerimônia de assinatura da carta de intenção. Participaram do evento o diretor executivo da FDCH/Timor-Leste, Júlio Aparício, o Adido de Educação daquele país, Marcelino Ximenes, acompanhado do assistente Paulo Mariano.
Da rede de instituições de ensino paraibanas, estavam presentes a reitora do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Mary Roberta Marinho, a vice-reitora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Fernanda Leal, e o assessor de Internacionalização da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Cláudio Lucena, acompanhados de gestores das áreas de Graduação, de Pós-Graduação e de Internacionalização das respectivas instituições.
A vice-reitora da UFPB ressaltou a relevância da parceria da universidade com as demais instituições de ensino superior sediadas na Paraíba, e da reunião em rede para uma parceria com os timorenses. “Somos nações irmãs e a força da parceria está centrada exatamente na transformação de vidas. Esse é o papel fundamental da educação, a transformação de vidas e é para isso que nós, que estamos à frente da gestão em cada instituição de ensino superior aqui representada, trabalhamos diuturnamente”, disse Mônica Nóbrega.
A presidente da Agência de Cooperação Internacional (ACI), professora Ana Berenice Martorelli, acompanhada da diretora de Relações Interinstitucionais da ACI, professora Ana Paulo Basso, informou que um dos objetivos da parceria com o Fundo de Timor-Leste é trazer alunos e professores para a aprendizagem do português.
“Além da formação em diversas áreas do conhecimento, estamos focando muito no ensino da língua, pois é um país de língua portuguesa, mas esta língua não é tão forte, tão presente, e eles precisam reativar isso”. Ainda segundo Ana Berenice, a equipe da UFPB está organizando cursos específicos de português como língua estrangeira para os timorenses, que serão ministrados neste semestre, de forma remota.
Marcelino Ximenes, adido de Educação de Timor-Leste e representante da Embaixada daquele país em Brasília (DF), explicou que o Timor-Leste tem o tétum e o português como línguas oficias, sendo o único país da Ásia falante de português (como antiga colônia de Portugal). No entanto, esta língua, que foi reintroduzida em 2002 após a independência do Timor da Indonésia, precisa ser fortalecida. Para isso, o governo de Timor recorreu a parcerias com outros dois países que são membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Brasil e Portugal.
“Nossa presença aqui não é só para uma colaboração de ensino, de ciência, mas nossa missão também é aprender a língua, reforçar a língua portuguesa lá em Timor”, argumentou Marcelino, referindo-se à assinatura da carta de intenção assinada com as instituições de ensino na Paraíba.