RÁDIO AGÊNCIA NACIONAL
Os museus podem contribuir para o combate às mudanças do clima e as injustiças sociais nos desastres ambientais, o chamado racismo ambiental.
O assunto está no foco da 19ª Primavera dos Museus que começou nesta segunda-feira em todo o Brasil, com evento de abertura em Brasília.
Mais de mil instituições participam desta edição com 2.300 atividades cadastras nas cinco regiões do país, levando o tema “Museus e Mudanças Climáticas”.
O secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares representou a ministra Margareth Menezes na abertura do evento. Ele detalhou como os museus podem atuar, ajudando a combater as mudanças climáticas e ressaltou que estas instituições são espaços para o diálogo, buscando alternativas justas.
Os museus podem ainda dar visibilidade às injustiças sociais decorrentes do racismo ambiental, segundo o governo.
Estudos mostram que 100% dos desastres ambientais no Brasil ocorrem em territórios habitados, na maioria, por populações negras, indígenas ou periféricas.
Durante a abertura da 19ª Primavera dos Museus também foi lançada a Carta do Patrimônio Cultural e Mudanças Climáticas.
O documento estabelece diretrizes e princípios para a proteção do patrimônio material e imaterial do Brasil contra os impactos da crise climática.
E é resultante de um processo colaborativo iniciado em 2023, que incluiu consultas a povos e comunidades tradicionais em diversos biomas.
O presidente do Conselho Internacional de Museus no Brasil, Diego Bevilaqua, destacou a importância da carta, que traz elementos concretos para ação dos museus em relação as políticas climáticas.
A 19ª Primavera dos Museus vai até 28 de setembro e tem diversas atrações pelo país, como exposições, palestras, exibição de filmes, ações educativas, saraus, gincanas e oficinas. A programação completa você confere em visite.museus.gov.br.