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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) firmou, nesta quinta-feira (11), um protocolo de intenções com o programa nacional “Antes que Aconteça”, em uma cerimônia realizada na sede do órgão, em João Pessoa. O compromisso, assinado pelo procurador-geral de Justiça, Leonardo Quintans, e pela senadora Daniella Ribeiro, tem como objetivo fortalecer a prevenção à violência contra a mulher e ampliar a rede de acolhimento, com a criação de novas Salas Lilás no estado.
O evento reuniu autoridades, representantes da sociedade civil e dos poderes públicos, lotando o auditório Edigardo Ferreira Soares. Entre os participantes estavam o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), a Defensoria Pública, a OAB-PB, além de secretarias estaduais e representantes de entidades da sociedade civil.
Programa e ações na Paraíba
O protocolo prevê a instalação de 52 Salas Lilás em todo o estado, destinadas ao acolhimento de mulheres em situação de violência. A Paraíba já conta com duas unidades em funcionamento, localizadas em João Pessoa e Campina Grande, além da Casa de Acolhimento Sílvia Mariz Fernandes, que apoia vítimas de violência doméstica na região.
As iniciativas do MPPB também incluem a capacitação de profissionais de beleza para identificar sinais de agressão e a implantação do Banco Vermelho, símbolo internacional de alerta contra o feminicídio. Recentemente, o órgão criou ainda o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Mulher, reforçando o compromisso com a proteção das vítimas.
Compromisso contra o feminicídio
Durante a solenidade, o procurador-geral Leonardo Quintans destacou que “o maior desafio é impedir que a violência aconteça, não apenas punir após o crime consumado”. Ele ressaltou que a Paraíba foi pioneira na criação da primeira Sala Lilás do Brasil, o que demonstra o protagonismo do estado no enfrentamento da violência de gênero.
A senadora Daniella Ribeiro, idealizadora do programa, reforçou a importância da parceria: “Este momento simboliza a união de forças na defesa da dignidade das mulheres paraibanas e brasileiras”.
Dados alarmantes da violência contra a mulher
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, 20 mulheres foram mortas na Paraíba entre janeiro e julho de 2025, o segundo pior resultado da última década para o período. No Brasil, o feminicídio faz uma vítima a cada quatro horas.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, em 2024, foram 1.492 casos no país. A maioria das vítimas era negra (64%), tinha entre 18 e 44 anos (70%) e foi morta dentro de casa (64%), geralmente pelo companheiro ou ex-companheiro (80%).
Esses números reforçam a urgência do fortalecimento de programas como o Antes que Aconteça, que atua com foco na prevenção, acolhimento e apoio às vítimas.
📌 Resumo da notícia
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MPPB assinou protocolo com o programa nacional “Antes que Aconteça” nesta quinta-feira (11), em João Pessoa.
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O acordo prevê a instalação de 52 Salas Lilás em todo o estado, duas já em funcionamento.
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A senadora Daniella Ribeiro é a idealizadora e coordenadora nacional do programa.
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O procurador-geral Leonardo Quintans destacou a importância da prevenção e do pioneirismo da Paraíba.
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Dados mostram que 20 mulheres foram assassinadas na Paraíba entre janeiro e julho de 2025.
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No Brasil, o feminicídio faz uma vítima a cada quatro horas, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
