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O juiz Gustavo Camacho, da 1ª Vara Mista da Comarca de Itabaiana, determinou nesta segunda-feira (29) a liberdade provisória de Rivaldo Pereira Dias, suspeito de atropelar e matar o idoso Evandro do Nascimento Dias, de 65 anos.
Para ser solto, o motorista deverá cumprir medidas cautelares, como o comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades.
Além disso, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) se manifestou favoravelmente à soltura, reforçando que o suspeito continuará respondendo ao processo em liberdade.
Prisão em flagrante e constatação da embriaguez
O acidente aconteceu na manhã da segunda-feira, na BR-230, próximo à entrada de João Pessoa. Rivaldo dirigia um carro que invadiu o acostamento e atropelou o ciclista.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo chegou a derrubar parte de um muro durante o impacto.
Logo após o ocorrido, os agentes encontraram latas de cerveja vazias dentro do carro. O delegado Gabriel Dantas, responsável pela investigação, afirmou que o motorista apresentava sinais visíveis de embriaguez e, por isso, foi preso em flagrante.
De acordo com o inspetor Araújo, o teste do bafômetro confirmou 1,04 miligramas de álcool por litro de ar, valor que configura crime de trânsito.
“Foi constatado 1,04 miligramas de álcool. É importante que os cidadãos tomem consciência de que vidas são destruídas quando se dirige sob efeito de álcool”, alertou o inspetor.
Tragédia e comoção familiar
A vítima, Evandro do Nascimento Dias, era pedreiro e havia se aposentado recentemente. De acordo com familiares, ele estava animado para receber o primeiro pagamento da aposentadoria, que sairia nesta terça-feira (30).
Mesmo assim, continuava trabalhando em obras para complementar a renda e manter a rotina.
A sobrinha da vítima, Jacilene, lamentou profundamente a perda.
“O tio Evandro era muito animado, um homem trabalhador. Estava feliz com a aposentadoria, mas não teve tempo de aproveitar. Fica um vazio enorme”, disse.
Evandro pedalava diariamente de Bayeux até o bairro do Bessa, em João Pessoa, onde trabalhava.
O genro, João Carlos, contou que o trajeto fazia parte da rotina do pedreiro.
“Ele sempre foi disposto e fazia o mesmo caminho todos os dias. Apesar dos alertas da família sobre os riscos, nunca deixou de ir de bicicleta. Infelizmente, por causa de um motorista inconsequente, essa tragédia aconteceu”, relatou.
Assim sendo, familiares e amigos pedem justiça e esperam que o caso sirva de alerta para a responsabilidade no trânsito.
Despedida
O velório será realizado na casa da mãe da vítima, onde familiares e amigos devem se reunir para prestar as últimas homenagens. Em seguida, o corpo será sepultado em cemitério local.
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