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O governo federal publicou novas diretrizes para o ensino superior que restringem a oferta de cursos na modalidade de Educação a Distância (EAD). A medida afeta principalmente áreas da Saúde e licenciaturas, exigindo que mais de 20 graduações sejam oferecidas exclusivamente de forma presencial.
Entre os cursos que deverão ser 100% presenciais estão Medicina, Direito, Odontologia e Psicologia. Para essas formações, a modalidade a distância deixará de existir. Além disso, a portaria estabelece limites para licenciaturas e cursos de Saúde, que poderão ter no máximo 50% das aulas a distância, exigindo 30% presenciais e 20% síncronas.
Segundo o governo, o objetivo é requalificar o sistema de ensino superior no país, garantindo maior qualidade na formação. Os polos de EAD também terão novas exigências de infraestrutura, como laboratórios equipados e acesso à internet de alta velocidade.
Impactos para estudantes e instituições
A estudante de medicina veterinária Aldiciana de Almeida, que cursa no modelo semipresencial, reconhece os benefícios da modalidade online. No entanto, destaca que a mudança afetará a rotina de quem concilia estudo e estágio.
Já Carlos Joel Pereira, presidente da Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior, avalia a decisão como necessária. Para ele, a educação vinha perdendo qualidade no modelo atual. Dessa forma, a mudança seria essencial para resgatar o valor da formação acadêmica.
Prazos e aplicação das regras
O governo deve divulgar a lista completa de cursos e faculdades afetados na próxima semana. Após a publicação, as instituições terão dois anos para se adequar às novas exigências.
É importante destacar que as mudanças valerão apenas para novos alunos. Ou seja, estudantes já matriculados continuarão seguindo as regras atuais.
Resumo da notícia
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Governo federal restringe cursos EAD no ensino superior.
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Mais de 20 graduações, incluindo Medicina e Direito, serão 100% presenciais.
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Licenciaturas e cursos de Saúde terão no máximo 50% de aulas a distância.
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Polos de EAD precisarão oferecer infraestrutura mínima, como laboratórios e internet rápida.
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Regras valem apenas para novos alunos; instituições terão dois anos para se adequar.