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O “Campina, São João o Ano Todo” teve mais um fim de semana de sucesso absoluto, reafirmando o protagonismo de Campina Grande como epicentro da cultura popular. Realizado pela Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), o programa promoveu uma verdadeira maratona de festa e encantamento, que fez o público reviver O Maior São João do Mundo.
O Parque Evaldo Cruz foi novamente palco da celebração, desta vez com O Maior Festival de Quadrilhas do Mundo, promovido pela Junina Moleka 100 Vergonha, grande campeã do Festival Paraíba Junino 2025. O evento reuniu quadrilhas juninas de diversos estados brasileiros, como Distrito Federal, Ceará, Goiás, Pernambuco, entre outros; que encantaram os presentes com espetáculos vibrantes e emocionantes.
Foram três dias intensos de apresentações, com coreografias elaboradas, figurinos deslumbrantes e cenários que mais pareciam obras de arte. A energia contagiante das quadrilhas estilizadas impactou o público, que lotou as arquibancadas e saiu extasiado com a qualidade das performances. Ao todo, dez estados participaram da competição, promovendo um rico intercâmbio cultural marcado pela tradição, criatividade e talento. A grande campeã foi a Junina Lumiar, da capital pernambucana, Recife, que conquistou o primeiro lugar com um espetáculo inspirado na Literatura de Cordel. Cada detalhe da apresentação, dos figurinos às coreografias, celebrou a estética das xilogravuras e a riqueza da cultura nordestina.
O segundo lugar ficou com a Junina Origem Nordestina, também de Recife (PE), que emocionou com o tema “Gonzaguiana”, um tributo à obra do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Além do vice-campeonato, o grupo levou o troféu de melhor casamento do festival, arrancando aplausos do público.
Já a terceira colocação ficou com a quadrilha Coração Nordestino, de São Gonçalo do Amarante (RN), que apresentou a temática “Carcará, o Reinado do Sertão”, unindo emoção, orgulho e pertencimento em um espetáculo que exaltou a força e a tradição do povo nordestino.
Pedro Vitor, estudante de Educomunicação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), natural de Pau dos Ferros (RN), comentou sobre a surpresa em assistir a um festival tão grandioso.
“Eu sou muito fã de quadrilha, desde criança. Foi a primeira vez que eu participei e assisti a um festival de quadrilha. Fiquei surpreso quando soube que era tão grande, com uma premiação tão alta, inclusive com quadrilhas de fora, como a do Distrito Federal. Foi muito interessante ver como é que eles lidam com a cultura nordestina, principalmente sabendo que Brasília, historicamente, é uma cidade construída por pessoas do Nordeste e ver a visão que eles têm dessa cultura que é nossa e as diferenças, comparando com as quadrilhas da nossa região. Muito importante ver também o quanto é um ato político a cultura das quadrilhas. Temos muitas damas que não são mulheres cis, muitas mulheres trans ali, além das histórias que foram contadas. Um casal LGBT, duas mulheres que se casaram no final, quebrando esse padrão já estabelecido por muito tempo. Tanto a Moleka 100 Vergonha, quanto a Secretaria de Cultura, estão de parabéns por um evento grandioso e gratuito”, comentou.
O presidente da Moleka 100 Vergonha, Mahatma Gandhi Araújo, agradeceu a parceria com a Secretaria de Cultura e a participação de todos que realizaram e participaram do Festival. Ele frisou que, em breve, O Maior Festival de Quadrilhas do Mundo vai se tornar oficial no calendário de eventos da cidade.
“Este Festival não é mais só da Moleka, agora ele é de Campina Grande. Fico muito feliz que ele vai se tornar oficial do nosso Maior São João do Mundo”, destacou.
Para o secretário de Cultura de Campina Grande, André Gomes, o sucesso do Festival, dentro da programação do “Campina, São João o Ano Todo”, é a prova viva da potência cultural da cidade. Na oportunidade, ele agradeceu a parceria com a junina Moleka, além de um aceno especial a Zé Pereira, um dos fundadores da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas (Confebraq); e ressaltou a vontade de trazer o Festival Paraibano de Quadrilhas Juninas para Campina Grande.
“Quero fazer um agradecimento especial e parabenizar você, Zé Pereira. Você tem um papel importante com as quadrilhas juninas em todo o Brasil. Foi um dos fundadores da Confebraq, e para nós é uma alegria lhe receber em Campina Grande. Queremos conversar e trazer o Festival Paraibano aqui para Campina Grande pois, de fato, fazemos o melhor e O Maior São João do Mundo, porque temos as quadrilhas juninas. Quando falamos de São João, a gente se reporta às quadrilhas juninas, que são a cara e a alma d’O Maior São João do Mundo. Contem conosco para que Campina continue sendo protagonista como sempre foi, porque nós, enquanto campinenses, temos um sentimento muito forte de pertencimento quando falamos de São João, de cultura e de arte”, reforçou o secretário.
E a festa não parou por aí. O “Campina, São João o Ano Todo” também se espalhou pelos bairros da cidade. No bairro do 40, a Junina Arraiá do 40, conhecida como “Princesinha de Campina Grande”, comandou o animado Arrasta Pé 40, com apresentação da anfitriã, shows musicais e quadrilhas convidadas. O evento atraiu famílias inteiras, garantindo uma celebração acolhedora, democrática e cheia de alegria.
Redação com Codecom