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A prevenção da gravidez na adolescência exige diálogo, acolhimento e, principalmente, responsabilidade compartilhada. Porém, muitos meninos ainda não se sentem confortáveis para buscar orientação, o que reforça a importância de ações educativas que mostrem o papel fundamental do adolescente do sexo masculino no cuidado com a própria saúde e na proteção da parceira.
Profissionais da Atenção Básica e do Programa Saúde na Escola (PSE) vêm ampliando conversas, rodas de diálogo e atividades voltadas para esse público. Para o enfermeiro Nilhendeson Lopes, da USF Integrada Geisel, o envolvimento dos meninos vai muito além do uso de preservativo.
“É preciso trabalhar a consciência dessa prática. Eles precisam ser estimulados à tomada de decisões honestas, responsáveis e seguras”, explicou.
Apesar dos avanços, ainda existem barreiras importantes, como vergonha, falta de informação e dificuldade de comunicação. Muitos adolescentes não sabem usar corretamente o preservativo, não conversam sobre consentimento e respeito ou mantêm relações com mais de uma parceira sem orientação adequada. A ausência de diálogo familiar e o pouco planejamento de vida também impactam diretamente o comportamento sexual.
Para enfrentar esses desafios, escolas e Unidades de Saúde da Família têm criado ambientes acolhedores, como oficinas, rodas de conversa e momentos educativos nas salas de espera. Essas ações fortalecem o cuidado e ajudam o adolescente a compreender seu papel na prevenção.
“Quando o jovem participa de uma conversa e sai informado, ele não só se protege como também repassa o conhecimento aos amigos. Isso cria uma cadeia positiva de cuidado”, destaca o enfermeiro.






